Levantam-se vozes questionando o slogan “Je suis Charlie” e o
que ele vem representando no pós trauma do atentado ao jornal CHARLIE HEBDO.
Nestas vozes há argumentos razoáveis mas há também as mais estapafúrdias
argumentações.
É certo que um atentado na Europa, ou no dito mundo
ocidental, aparece na mídia como uma força desproporcional em relação a atentados
que acontecem em outros pontos do planeta, como por exemplo o que aconteceu hoje na Nigéria onde uma criança de 10 anos de idade foi usada como menina bomba
matando 20 pessoas e deixando outros 18 feridos.
É também um fato a preocupação que se deve ter para que o
movimento “Je suis Charlie” possa vir a ser mal usado pela ultra direita
francesa como por movimentos reacionários e racistas de outros países europeus
e de outros continentes.
Mas também me preocupa muito ouvir vozes na linha do
politicamente correto aproveitarem o momento para alertar o mundo que há necessidade
de respeito ao islamismo. Que o que vimos seja consequência do desrespeito
das edições do Charlie Hedbo com o Islã.
Não! Dez vezes não!
Não se pode colocar isso na mesa dessa forma pois alimenta a ideia de justificar e fortalecer o fanatismo religioso. Nunca fui leitor do Charlie Hebo, mas conhecia alguns dos cartoons de algumas das vítimas deste estúpido atentado. Não vejo que eles eram desrespeitosos com o Islã, mas com certeza batiam de frente com posturas fanáticas de pessoas que usam da religião a justificativa para matar ou castrar a vontade individual de optar pelo seu próprio estilo de vida. Como vimos ontem na Nigéria onde o grupo terrorista Boko Haram, que luta por um estado nigeriano islâmico, embrulha uma menina de 10 anos de idade de bombas e a manda explodir-se no meio de um mercado porque diz acreditar que que a educação não islâmica é pecado, o que justificaria este tipo de barbárie. Além do que o fanatismo ligado ao islamismo não era o único tema deste jornal. Nem mesmo o Islã era personagem única quando se falava de questões ligadas às várias religiões instaladas no nosso planeta.
Não se pode colocar isso na mesa dessa forma pois alimenta a ideia de justificar e fortalecer o fanatismo religioso. Nunca fui leitor do Charlie Hebo, mas conhecia alguns dos cartoons de algumas das vítimas deste estúpido atentado. Não vejo que eles eram desrespeitosos com o Islã, mas com certeza batiam de frente com posturas fanáticas de pessoas que usam da religião a justificativa para matar ou castrar a vontade individual de optar pelo seu próprio estilo de vida. Como vimos ontem na Nigéria onde o grupo terrorista Boko Haram, que luta por um estado nigeriano islâmico, embrulha uma menina de 10 anos de idade de bombas e a manda explodir-se no meio de um mercado porque diz acreditar que que a educação não islâmica é pecado, o que justificaria este tipo de barbárie. Além do que o fanatismo ligado ao islamismo não era o único tema deste jornal. Nem mesmo o Islã era personagem única quando se falava de questões ligadas às várias religiões instaladas no nosso planeta.
Ouvir gente reverenciando a atitude dos irmãos terroristas
de Paris por terem devolvido o cachorro ao proprietário do carro que roubaram para
dar continuidade à sua fuga e por terem declarado não matarem crianças e
mulheres, é de doer na alma.
Os loucos se armam até os dentes, invadem o jornal e matam 12
pessoas. Para isso ameaçam matar uma criança para a mãe lhes dar acesso ao prédio do
jornal. Um companheiro de luta sequestra pessoas dizendo que os matará se a polícia
prender os dois irmãos. Acaba por matar 4 destes reféns depois de já ter matado
uma estagiária da polícia desarmada e ainda me veem querer convencer que não se
deve atacar, seja por charges ou por textos ou por outras atitudes
democráticas, este irracional fanatismo que por acaso é ligado ao Islamismo. Buscam
induzir mentes que existe uma pontinha de justificativa para se atacar a
liberdade de expressão, matando, porque para os seus valores ultrapassaram a
liberdade para a falta de respeito...
Não! Vinte vezes não!
Viva a liberdade de expressão!