quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ricardo Rangel

Há pessoas que fazem parte da nossa história, que nos ajudam contando-nos a nossa própria história.
Ricardo Rangel era um deles. Com as suas fotos ele contava-nos a história de terceiros que faziam parte da nossa história. Para mim, ele me contou um pouco como era o meu Pai, como ele o via. Através dele conheci um pouco do jornalista Gouvêa Lemos. Através do Gouvêa Lemos, quando eu ainda era um miúdo, no início da década de 70, já percebia o respeito que o Ricardo Rangel impunha no meio jornalístico.
Hoje, ao receber a notícia por mensagem (SMS) via celular (telemóvel) do falecimento do Tio Rangel, tive a invasão da tristeza de perder alguém muito querido, e também de perder um pouco mais dos meus Pais.

Ricardo Rangel (direita) e Gouvêa Lemos, na década de 70, em jantar de despedida do GL que partia para o Brasil.

Ricardo Rangel e Madalena Gouvêa Lemos, em 1996, em Curitiba.
.
Adenda:
Do JPT, um belo material relacionado ao RR, recolhido durante os anos no Ma-schamba.
.
Na versão 1 do Lanterna Acesa, também se pode ver algum material relacionado ao RR

7 comentários:

  1. Um beijo grande para vocês.
    Ana

    ResponderExcluir
  2. Também o meu pesaroso adeus ao mestre.
    Um beijo para ti
    Clara

    ResponderExcluir
  3. o mais velho vai fazer muita falta

    ResponderExcluir
  4. Um beijo Ana, um beijo Clara (bom voltar a te sentir).

    JPT,

    O mais velho vai mesmo fazer muita falta. Tive agora a ler o vasto material que tens na tua Ma-schamba. Poderás também ver alguma coisa na primeira versão da Lanterna Acesa.

    ResponderExcluir
  5. Sem dúvida a partida do grande Mestre e "tio" Rangel, deixa um grande vazio na História moçambicana e, como bem dizes ZP, também da nossa família.
    Nas minhas ultimas 3 visitas a Moçambique, (1996, 2000 e 2004(, tive o prazer de sentir aquele carinho típico do tio Rangel. Só na sua companhia é que tive coragem de ir visitar o outro grande Mestre e tio Zé Craveirinha, nas vésperas do Natal de 2003, que já estava em coma em sua casa. (Chorei ao ver o tio Zé, e ele me consolou com as palavras, "não chores porque parece que não, mas ele nos sente aqui".

    Enxuguei as lágrimas e ele me levou depois para "arejar" na marginal de Maputo, antes de me levar para o seu escritório em casa. Lá chegando colocou alguns discos de venil rodando na vitrola, e logo o bom Jazz que ele em tempos passados, juntamente com o tio Zé, e o "chapa" Gouvêa Lemos, tantas vezes escutaram, encheram o ambiente de uma nostalgia gostosa, acrescentada por várias lembranças, contadas com o jeito que sò ele sabia contar. São momentos que jamais esquecerei, e serei sempre grato.

    Uma geração díficil de substituir na sua coragem e verticalidade, pouco a pouco está passando a tocha á próxima geração, que sei também ter gente com os mesmos ideais e verticalidade. Que continuará lutando pelo sonho de uma constituíção independente, com paz,liberdade de expressão, prosperidade e justiça para todos os cidadões do país que eles tanto amaram.

    Nesta hora jamais poderia esquecer, a esposa e lutadora, tia Beatriz, que jà só vim a conhecer como adulto, e que a igualmente adoro. ( O mesmo se extende à Familia Beatriz e Rangel, espalhados do sul do Brasil ao Revuma.) É com eles que estou neste momento, por mais mares, montanhas e savanas nos separem.

    Triste, mas certo que o Velho Guerreiro, está agora curtindo o merecido descanso, em companhia de muita boa gente.

    Antônio Maria

    ResponderExcluir
  6. Uma retificação ao mwu Post anterior. A ultima vez que estive em Moçambique foi em 2003, e não 2004. Como o tempo passa a correr !!

    António Maria

    ResponderExcluir
  7. Tó Maria,
    Como solicitado por ti, já havia corrigido no post "Ricardo Rangel pelo meu Irmão".
    ZP

    ResponderExcluir