sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Back to the garden


Ao se festejar, em Agosto, os 40 anos da Feira de Arte e Música de Woodstock, alguns livros foram lançados e outros tantos relançados.
Peguei, em uma prateleira da livraria do aeroporto de Curitiba, o escrito pelo DJ da então rádio americana WNEM- FM, Pete Fornatale.
Um livro recheado de antigos e menos antigos depoimentos de gente que participou do maior festival de todos os tempos, no palco, nos bastidores e na platéia.
Depoimentos que falam sobre ausências dos já ícones da música, como os Beatles e Roling Stones, dos problemas de organização, da supresa inesperada de uma platéia de algo próximo a 500 mil jovens, onde em 3 dias de paz, amor, sexo, drogas e muita música, ouve uma manifestação onde a política ficou em segundo plano mas movido substancialmente pelo despertar de uma nova consciência de jovens ávidos por Paz e contra a então guerra no Vietnã, onde a USA estava envolvida.
Depoimentos como o do desconhecido Carlos Santana, que até aquela data não havia lançado ainda o seu primeiro disco, e que explodiu ali para o mundo com uma memorável performance: “É sempre uma onda e um ponto alto recordar o som. Me lembro do som antes de sair dos meus dedos, depois o ouvi saindo dos meus dedos para as cordas da guitarra. Da guitarra para o amplificador. Do amplificador para o PA. Do PA para todo um oceano de gente – uma montanha –, todo um oceano de gente e depois de volta para você. Impossível de esquecer. Foi lá que descobri meu primeiro mantra. A esta altura, muita gente sabe que eu estava chapado de mescalina, porque me disseram que eu só ia tocar às 2h ou algo parecido. Mentiram para a gente. Assim que tomei o lance e comecei a pirar, subimos – eram 14h. Foi essa a primeira vez que repeti meu primeiro mantra, que era, “Deus, por favor me ajude a ficar no tempo e no tom certos”. Fiquei repetindo esse mantra.”
Para quem gosta de rock, country, blues, e tem curiosidade sobre o que rodeava e acontecia com as grandes estrelas antes, durante e depois de Woodstock, aconselho a leitura deste livro.

Título: Woodstock, quarenta anos depois
Título original: Back to the garden
Autor: Pete Fornatale
Editado no Brasil pela Agir Editora Ltda.


5 comentários:

  1. Goood times!
    Escutando os LP's na pequena vitrola de baterias, nos jardim da casa dos tios Zé e Augusta, na "farm" do Zónué, (Manica) em Moçambique.
    A Dream never die. Peace & Love!

    António Maria

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  2. Belas lembranças. De alguma forma o Zónué foi o nosso Woodstock.

    Zé Paulo

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  3. Woodstock foi um começo, O triste é que muitos que não viveram essa era confundem hoje com festas raves,com jovens alcoolizados, espancamentos ideológicos, prostituição, jovens burgueses traficantes, estudantes alienados,hackers hediondos e estelionatários culturais cuja missão é o dinheiro fácil.

    Um abraço

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  4. Que maravilhosos tempos vivemos e na paz !

    Beijos Tareca

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  5. Isso é verdade, carlos - a conotação que se dá ao que foi Woodstock é, principalmente, moralista, pelos mais conservadores, é claro. Na verdade,esse festival só veio confirmar a sua importância com o passar do tempo. Deixou marcas e serviu de passarela para uma vasta gama de estilos musicais e atitudes...

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