quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

90 minutos de Chimoio - Década de 70

Após uma curta temporada no Brasil, pouco mais do que 2 ou 3 meses em 1972, voltamos a Moçambique agora sem a companhia e proteção do Pai que se mandou para outras dimensões sem aviso prévio.
Nasci em Maputo, mas passei os meus primeiros anos de vida na Beira. A nossa primeira casa nesta cidade era na Ponta Gea e em um pulo estávamos no ATCM para ver largadas de etapas de rallys, entre outros eventos automobilísticos. Ali, como qualquer criança, criava o meus ídolos. Projetava o meu futuro igual àqueles que dominavam ali as baratas, com roncos mais sonoros que qualquer rugido dos leões mais poderosos da Gorongosa.
O “S” de Sena e o “F” de Fittipaldi eram naqueles tempos o “S” de Serras Pires e “F” de Feijão. Serras Pires era para mim sinônimo de corredor, não me importava a idade dos membros desta família. Ir à praia do Inhangau e parar a meio caminho no charmoso Mini Gurué dos Serras Pires não era só diversão. Era o orgulho infantil de compartilhar do ambiente da família de corredores. Era história para contar na segunda feira na Escola do Macúti. Eram os Serras Pires e os caranguejos gigantes que caçávamos na Praia do Inhangau.

Mas falava eu que havíamos voltado a Moçambique, em 1972. Desta vez nem Lourenço Marques, atual Maputo, nem Beira. Depois de um ano letivo no Zónué, perto de Vila Manica, onde vivi e estudei acarinhado pelos tios Moreira de Carvalho (Tio Manel e Izabel e Tio Zé e Augusta), fui ao encontro da minha Mãe e irmãos em Vila Pery. E para não ter tantas saudades da Beira, aparece a turma de corredores na cidade para disputarem os 90 minutos de Chimoio e antes da corrida fazem uma etapa de controle de habilidade e tempo. Nunca havia esquecido esse dia, e para minha felicidade o muito querido Tio Zé, e filhos, têm registrado umas poucas imagens desta etapa em 8mm. 
Cliquem abaixo...



8 comentários:

  1. Que alegria era aquela que tínhamos ao ver esses carrões.
    abraço, Tó Maria

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  2. GrandeS descobertas e alegrias virão através desses 8mm do Tio Zé. Como é bom recordar e acima de tudo saber que os vivemos . Gosto como o fazes mano ZP .
    Bela homenagem aos "S " e "F " do nosso tempo de meninos :-) beijinhos te darei , rssss...
    Tareca

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  3. Não fosse a nossa história a mesma naqueles tempos!
    Um beijão aos três.

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  4. Eram os GORDINI as grandes máquinas daqueles tempos! José M.<oreira de carvalho.

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  5. Adorei!!! obrigada pelas partilhas :) Que saudades (((Bj))) Xanda

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  6. Obrigado por dares-me o prazer de reviver e ver o meu pai no seu Vauxall Viva

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