quarta-feira, 6 de maio de 2009

Atentado a Cahora Bassa ou atentado à informação transparente?

Foto daqui


Através do competente blog Diário de um Sociólogo, do Carlos Serra, fiquei sabendo que a Hidroelétrica Cahora Bassa de Moçambique havia sofrido um pressuposto atentado.
Li depois, porque um amigo me enviou “recortes”, nas edições digitais dos jornais “Mediafax” e “Diário Independente” de hoje, 06/05/09, sobre este fato, e fico achando se o atentado não é a forma como o Comando Geral da PRM de Moçambique passa uma informação nesta terça-feira de um acontecimento que se passou já fazem 7 dias e cheia de “senões” .
Ora vejamos: falam em 500 kg de produto não identificado, mas antemão já sabem que é corrosivo ao ferro e ao betão. Teriam sido os detidos que lhes contaram os tais efeitos corrosivos? E não lhes disseram que produto é? Teriam contado os efeitos corrosivos mas não houve qualquer colocação dos quatro, ou de pelo menos um dos detidos, sobre as motivações de estarem despejando a tal substância ? Ou a dica que deram não é de tanto impacto quanto gostariam que fosse? Ou talvez seja mesmo segredo de investigação e seja eu mais um a reagir com a imaginação fértil como a que já se vê por aí nos visitantes da blogosfera?
Já há quem tenha a certeza que existam interesses claros nos portugueses em provar a incapacidade moçambicana em administrar este empreendimento, o que sabemos que os moçambicanos já pagaram com suor e lágrimas e agora em dólares. Talvez faça sentido aí o envolvimento de um profeta nesta missão. Tenha ele já visto que os poucos que ainda não acreditam na competência dos moçambicanos em pouco tempo terão as provas definitivas para se convencerem desta capacidade moçambicana de administração da hidroelétrica, e para isso há que criar situações para mudar os caminhos do destino.
Fica então a minha projeção para este grupo terrorista, sendo o seguinte: O português hoteleiro é o líder do grupo, mas ao contrário do que muitos pensam não tem como maior objetivo provar que os moçambicanos não têm capacidade de administrar o negócio Cahora Bassa e sim garantir o seu negócio de eco-turismo com jantares à luz de velas. O profeta sul-africano é o seu assessor para assuntos aleatórios, inclusive das adivinhações...mas falhou ao não prever que seriam detidos. Parece que já perdeu o emprego. O twsana piloto militar estaria também interessado em negócios de aviação de pequeno porte, onde só poderia decolar e pousar em dia claro. O alemão, um ex-militar, é o responsável pela ONG que financia o grupo para destruir uma das obras responsáveis pelos abalos sísmicos no sul do continente africano.
Mas com tudo isto, em um assunto tão sério, que ao ser noticiado tão tardiamente, e ao que parece nem a administração da Cahora Bassa conhece bem os fatos, embora digam que parte do material apreendido está no laboratório desta, espera-se que as informações complementares venham logo à tona sem distorções políticas e com toda a transparência necessária para que a população possa digerir bem a notícia e depois saber como lidar com o facto. E em quanto as informações tão necessárias não estiverem disponíveis, que haja serenidade, paciência, pouca xenofobia (ou nenhuma), como também pouco contra ataque barato à xenofobia, e principalmente cobrança das autoridades sobre a evolução do caso, para então se poder ter alguma conclusão.

2 comentários:

  1. ora vê aqui...
    http://estradapoeirenta.blogspot.com/2009/05/atentado-putativo-cahora-bassa-faz.html

    paranóias... "bi-polares", já agora :(



    abraço do je :))

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  2. Je...
    Fiquei preocupado com parte das minhas "projeções". Não vá ser eu dado como bruxo. Espero que a grande maioria se aperceba que não há que ser bruxo nem profeta para desde do inicio ficar claro que não havia nada que mostrasse passar perto de um atentado.
    Abraço.
    ZP

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