sábado, 19 de setembro de 2009

Sim, eu te aceito...


Ao ler a crônica “Sorry. I still a conservative member…”, a minha resposta imediata é: Sim, eu te aceito, a ti e a muitos mais, cada um com a sua forma de ver o mundo, dito virtual. Aceitar-te, somente ao ler esta crônica, sem mesmo levar em conta o que te conheço como irmão e amigo, o que me faz de ter como irmão herói, faço-o mesmo é com mais vontade que tivesses registrado nas “redes sociais” a que pertenço.
Afinal, se apontas perfis de usuários das várias alternativas de comunicação que a internet oferece, onde comungo contigo que se excedem, para as minhas próprias regras de medição, no se expor ou querer a invasão de espaço alheio, penso que não seja essa uma linha geral.
Também não me assusta a mim as misturas de culturas, sem necessariamente estar sempre na onda do que é “IN”.
Redes sociais, como o Facebook, o Multiply, e similares, são caminhos, para mim, não de recordes na minha lista de amigos. Nesses espaços eu procuro diminuir as distancias entre o meu espaço geográfico com outros mundos, em especial aqueles que estão fortemente ligados à minha mente, como o próprio Brasil além Curitiba, Moçambique e Portugal. Acontece que nem sempre são os meus amigos, reais e/ou virtuais que complementam as minhas necessidades na interpretação do que acontece além do meu território físico e de atuação intelectual. Nessas listas, onde alguns podem estar buscando recordes imaginários, encontram-se na minha alguns amigos, família ou não, alguns conhecidos, e alguns desconhecidos, mas todos eles sendo para mim uma alternativa de interpretar o mundo. Não clico aleatoriamente no “Accept” para todas as propostas ou dicas de amizades que me enviam. Já todas as que me enviam fazendo-me um convite direto de fazer parte da sua lista de “amigos, conhecidos e desconhecidos”, são aceitos de imediato. Afinal deverá haver ali algum potencial de uma nova informação, a ser aproveitada ou não. Onde será guardada ou se será guardada, vejo isso depois. Claro, este é o meu comportamento quando já estou registrado, e mantenho ativa, uma conta em uma destas redes em questão.
Por vezes, sou eu que faço convites a pessoas que já fazem parte de uma rede onde estou, que irão me ver como um desconhecido, que acabam aceitando ou não aceitando. Faço-os pelo mesmo motivo: buscar alternativas de contato com o meu mundo externo.
Com alguns destes, passo até a ter contato via e.mail ou mensagens pessoais, usando as ferramentas das próprias redes. De um desconhecido passa a ser um conhecido, que posso ver ou não potenciais de amizade a serem desenvolvidos, onde tenho já alguns bons exemplos reais (Não seriam estas pessoas, antes, reais? Seriam elas virtuais?)
Para uma análise mais prática sobre a crônica “Sorry. I still a conservative member…”, eu diria que é um ponto de vista, crítico e muito válido, em relação a usuários que não têm um comportamento adequado ao teu, e meu, estilo de aproveitamento no uso das alternativas que a internet nos oferece. Desqualificar estas alternativas porque tem quem as use de forma “indevida”, seja no ambiente destas alternativas ou porque abandonam outros meios de se sociabilizarem, como ir a um barzinho, a um show com amigos e bater um papo com estes no “face to face”, é como deixar de ir a um show porque sabemos da possibilidade de ter por lá gente que não sabe o momento de ouvir a música ou de bater palmas, ainda que esta falta de sintonia entre os momentos não chegue a atrapalhar o show no seu todo.
Então meu mano e meus amigos, estou também disponível para manter contato com vocês, e com alguns desconhecidos, via tais “redes sociais”;

You “accept me”?

13 comentários:

  1. PARTE FINAL DO COMENTARIO

    Se por um lado reconheço o lado positivo que esses grupos trouxeram para a “abertura” global e linguística para as crianças, adolescentes e adultos, está provado que nos países com maior acesso a esse meio de comunicação, elas vêm desenvolvendo um carácter baseado no anonimato. A maioria das crianças e adolescentes de hoje, adultos de amanhã, podem ser o que pensam ser, sem terem que provar no contacto real, (“face to face”), o que realmente são. Cada vez mais fechados no mundo virtual, e inseguros para o mundo real. Têm acesso à comunicação, sem que realmente signifique que estão lendo ou se informando, de verdade.
    Assim como hoje qualquer pessoa pode simplesmente “googlar” o nome de alguém, ou procurar informações no http://www.123people.com, qualquer pessoa, empresa ou Estado, de má índole, o poderá fazer. Várias departamento de recursos humanos, rastreiam na internet, e principalmente nesses grupos populares, os candidatos a algum cargo na empresa. Talvez não tenham direito ao acesso directo da conta do candiato(a), mas quem garante que não tenham do amigo, da amiga, do amigo, aquela foto ou texto, que te eliminará á priori, qualquer chance de se obter esse cargo?

    Esses grupos nada mais são que um reflexo da própria sociedade que vivemos. Mais stressada, fechada, individualista, solitária e controlável. Que se divide em subgrupos de todos os tipos, tal e qual como as pessoas das ruas, parques, bares... das cidades que nós cada vez menos investimos tempo para conhecer ou contactar. Visto que pesquisas recentes comprovam que as pessoas cada vez mais passam as suas horas livres em frente ao computador, ao invés de se encontrarem “face to face”. E alegam não ter tempo para saírem com as namoradas(os), familiares, amigos locais, por 15 minutos “ali á esquina curtir” algo sociável. Ou escreverem uma carta ou mail pessoal, ou mesmo ter uma conversa de som e imagem com alguém do outro lado do mundo. Mas se somassem o tempo que passam por mês “online” com esses grupo de amigos virtuais, perceberiam que afinal não seria assim tão difícil arrumar tempo.
    Não costumo polemizar contra, e sim por algo. Não sou contra os outros lidem com a internet como quiserem. E sim que me forcem a entrar onde não quero, ou se melindrem se não o faço. É só uma questão de bom senso e de prioridades de valores de vida. Cada um tem o direito de os delinear como lhe melhor aprouver. Eu, simplesmente dou prioridade de acordo com os prós e contra que vejo para a MINHA vida, nesse novo instrumento de comunicação.

    Offline... Hoje tenho livre! O sol e um amigo me esperam no lago, para trocarmos três dedos de conversa e juntos, curtirmos meia hora do almoço dele.


    António Maria

    ResponderExcluir
  2. PARTE 2 DO COMENTARIO

    Jamais me atreveria a negar a importância da internet na sociedade mundial, e em nenhum momento o fiz na minha crónica, pelo simples facto de não poder deixar de reconhecer o valor Histórico de tal descoberta.
    No entanto como em todas a descobertas e invenções históricas, a começar pela própria Criação Humana, nada é perfeito e tudo pode ser usado para o bem como para o mal. Compete a cada um de nós decidir para si próprio, qual o uso que pretende dar a tais descobertas e criações. (Desde o a invenção do machado ao uso do carro, sempre foi assim. Porque é que agora deveria ser diferente? Tudo é uma questão de bom senso e equilíbrio. E a Humanidade de uma forma geral, ainda está gatinhando no aprendizado dos prós e contra deste novo meio de comunicação.

    A internet como um meio de comunicação real, que transformou muitos outros meios de comunicação em algo obsoleto, tem o seu lado positivo, como aproximar mundos e pessoas além fronteira. Tem também uma influência negativa na sociedade, que muitos fingem não ver. Foi simplesmente esse o ponto a me que referi.
    Tal como a televisão que lança modas, agora o estar ou não ligado num desses grupos, virou uma nova moda de convívio social. E o numero de adeptos e grupos que crescem como cogumelos todos os dias, não o negam.
    Concordo também que a internet (e o telefone celular), no seu lado positivo, também têm colocado ditaduras balançando. Afinal a comunicação se tornou mais ágil e difícil de se controlar. (Como vimos recentemente nas manifestações, a “divulgação” de informações que o estado totalitário do Irão, tentou tem sucesso, proibir.) Mas quando os interesses do “Grande Irmão” estão em jogo, aí não tenhamos dúvidas, que todos os membros dos (sub)grupos, hoje muito mais facilmente do que antes, serão em questão de minutos e horas rastreados. E repassados devidamente ao ministério da Verdade Virtual. Como aconteceu com provedores globais na China e em outros países, em que o risco deles perderem o direito de acção nesses países, foi considerado mais relevante do que as vidas e liberdades de muitos usuários virtuais, que estavam em jogo. E muita gente acabou sendo entregue aos ministérios da Verdade dos Estados regentes, pelo simples facto de ter sido comprovada a participação deles em grupos virtuais, contrários ao regime.
    ...

    ResponderExcluir
  3. PARTE 1 DO COMENTARIO

    Não só pelos mesmos motivos que tu me aceitas, e perceber que tu entendeste o conteúdo real da minha crónica virtual, te aceitei sempre como és. Como ao ter declarado que “Gostos não se discutem, e se eu respeito os vossos...”, aceito as pessoas como elas são. As nossas amizades, mais ou menos afastadas, reais ou virtuais, nunca estiveram em jogo. Mesmo que preferia receber mais mails ou cartas pessoais, contando sobre as vossas vidas. Se estão felizes, tristes, vivendo uma fase de sucesso ou dura de vida. Sem ter que entrar num grupo desses, para saber como realmente, vocês estão levando a vida actual. Não me sentiria mais chegado a um amigo ou familiar, pelo conteúdo de informações gota – a - gota, transmitido por muita gente nesse tipo de grupo. A união dos laços intercontinentais de verdadeira amizade, se medem para mim, não dessa forma. E sim, pelo tempo devotado à amizade pessoal. Laços de amizade real entre amigos e familiares, são mais próximos ou afastados, de acordo com as várias etapas de vida. E se medem para mim, pelo nível de real de atenção e intercâmbio que nos une, e não pelo nome comum na certidão de nascimento ou pela simples admissão a um certo grupo virtual. Parece talvez duro o que digo, aqui, mas penso que é a realidade da vida não? Com quem mais lidamos, é certamente com quem mais sentiremos afinidades, identificações e até mesmos dividiremos alegrias e tristezas.
    ...

    ResponderExcluir
  4. Desculpa ZP, O meu comentário final sobre esse tema, que te agradeço me teres colocado no LA, além de longo, foi colocado de forma inversa. Ironia? Quem sabe ...:-)

    Beijos, Tó

    ResponderExcluir
  5. "Nesses espaços eu procuro diminuir as distancias entre o meu espaço geográfico com outros mundos, em especial aqueles que estão fortemente ligados à minha mente, como o próprio Brasil além Curitiba, Moçambique e Portugal."

    Eu cada vez uso menos espaços ou quase nenhum, pois para familia e Amigos uso email e quando possível, telefone e face a face ,claro correndo atrás e com quem quero estar e ben faz bem , sem esperar... queria poder mais , mas ser interna, não facilita, mas vou procurando me amoldando,rssss



    "A maioria das crianças e adolescentes de hoje, adultos de amanhã, podem ser o que pensam ser, sem terem que provar no contacto real, (“face to face”), o que realmente são. Cada vez mais fechados no mundo virtual, e inseguros para o mundo real. Têm acesso à comunicação, sem que realmente signifique que estão lendo ou se informando, de verdade. "


    Isto já acontece e tb com adultos



    "No entanto como em todas a descobertas e invenções históricas, a começar pela própria Criação Humana, nada é perfeito e tudo pode ser usado para o bem como para o mal."

    "Mas se somassem o tempo que passam por mês “online” com esses grupo de amigos virtuais, perceberiam que afinal não seria assim tão difícil arrumar tempo. "

    O tempo quem faz somos nós... NÃO O TEMPO...e por vezes nem a distância .... basta dim-dim , mas...querer e não se acomodar

    "Mesmo que preferia receber mais mails ou cartas pessoais, contando sobre as vossas vidas. Se estão felizes, tristes, vivendo uma fase de sucesso ou dura de vida. Sem ter que entrar num grupo desses, para saber como realmente, vocês estão levando a vida actual. Não me sentiria mais chegado a um amigo ou familiar, pelo conteúdo de informações gota – a - gota, transmitido por muita gente nesse tipo de grupo. A união dos laços intercontinentais de verdadeira amizade, se medem para mim, não dessa forma. E sim, pelo tempo devotado à amizade pessoal. Laços de amizade real entre amigos e familiares, são mais próximos ou afastados, de acordo com as várias etapas de vida. E se medem para mim, pelo nível de real de atenção e intercâmbio que nos une, e não pelo nome comum na certidão de nascimento ou pela simples admissão a um certo grupo virtual."

    Assino em baixo, sem negar que através de um site instinto MSN, MOH , fui feliz mesmo que certas figuras que não sabiam usar este meio para o bem tenham pertubado, mas esses ingnorei, e comprovado amigos de verdade de virtuais a reais e não me fazem falta alguma os grupos por vezes tão irreais e falsos, quem quer está junto e faz por onde e confesso em outros amigos existem falhas e ao longe, hummm.... desculpem.


    "Esses grupos nada mais são que um reflexo da própria sociedade que vivemos. Mais stressada, fechada, individualista, solitária e controlável."

    "Com quem mais lidamos, é certamente com quem mais sentiremos afinidades, identificações e até mesmos dividiremos alegrias e tristezas. "



    Um beijo aos dois , familia e AMIGOS , perto ou longe :-)
    Tareca

    ResponderExcluir
  6. Desculpem, mas mais um tiquinho do que sinto hoje, após uns anos de Net, grupos , msn(me ligo e adiciono quem conheço de alguma forma, não qualquer pessoa que anda por aí ou nos grupos, mas hoje, o pouco que eu entre para "falar", é mais um meio de me comunicar com quem tem valor e tão distante está ou então tem que fazer diferênça em minha vida). A minha opinião hoje bate com o Antonio. Este vício , deixa-nos sem Viver na Real !! Bem tudo que é demais é doença rssss assim acho.
    Saudades de um tempo que se tinha tempo e porque o tempo agora não dá? Crescermos trabalhamos ,familia? Como nossos pais tinham tempo ?? É, não tinha Net, nem grupos , eram bem mais reais.
    Não usem o tempo , o tempo a gente faz , por vezes 5 minutos face a face, para um café, o dedo de prosa, um email, um telefonema e porque não um copo ? rssss Mas não se acomodem , vão tb atrás.
    OS Blogs é outra coisa, tem mais alma , a alma de cada um que o faz e mesmo assim, quantos não a mostram na Real. Mas existem bons bogs por ai.
    Para mim não são números que me dizem algo, mas sim qualidade e isso serve para o real valor das minhas amizades.

    e tenho dito ! :-) nunca é tarde...

    Tareca

    ResponderExcluir
  7. só uma coisinha, desculpem , puxa , sou trapalhona demais na escrita , manos sei que continuo a errar não leio antes de enviar, rsss e acho que já faz parte desta alma.... :-)

    Amo vcs e é bom ver que podemos ser diferentes nos respeitando e acima de tudo sendo sinceros

    parreco , na boa , não discordo total que dissestes, mas...

    beijões Tareca

    ResponderExcluir
  8. Me parece que se está misturando objetivos.
    Não uso, e a maioria da pessoas com quem convivo nas "redes sociais" também não, este caminho para contar noticias pessoais, como se estou triste, feliz, bem no emprego, o se em uma fase de saco cheio do mesmo.
    Nestes espaços troco ideias, brinco com algo especifico, troco músicas, ao colocar um link ao youtube, ouvindo músicas que outros colocam, percebendo afinidades comuns, dividindo uma ou outra experiência, até fotográficas e tudo mais que busque compartilhar, com amigos, conhecidos e desconhecidos.
    Poderá, como disse, um contato desses virar uma amizade que venha então a se criar a necessidade de contatos mais privados, para falar então de questões mais pessoais. E aí... sim, não sou o melhor nisso. Não sou de grandes relatórios, não sou assim tão assiduo neste tipo de escrita. as sempre que me apetece, por minha necessidade ou tentando preencher alguma necessidade de outro, o faço. Mas reforço, não procuro as "redes sociais" para substituir estas necessidades. Pode até ser que ao me acompanharem em uma das redes possam perceber, através dela, que eu esteja de melhor ou menor bom humor, mas não é por ali que farei as minhas confidências.
    Ainda que tenha encontrado alguns maus elementos neste tipo de espaço, eles não conseguem se sobrepor a belas amizades que fiz. De gemas, a claras...de freis a alentejanos, de filhas de Delagoa a filhas de Maputo... Só por estes, não largo a possibilidade de conhecer gente um pouco parecidos a eles. E as redes sociais, além de me darem conhecimento, me dão esta possibilidade.

    Beijos para os dois.

    Zé Paulo

    ResponderExcluir
  9. Entendido o Teu ponto de vista e sei como o usas... :-)

    mas fica registrado o ponto de vista de três , na anterior , de outros...gostei de ver e prima Pucci aqui o blog , rssss pena que pararam , no outro ou aqui...

    Beijinhos aos dois e um bom dia para todos

    Tareca

    ResponderExcluir
  10. Só uma curiosidade em relação à imagem que puseste:
    A cidade que pertence à mesma longititude da Beira, no Brasil ( sendo possível assim a linha horizontal) é a cidade de vitória ES.
    Agora diz-me se é só coincidência:
    Vim da Beira, Estou em Lisboa e estou indo para vitória para negociar um produto que se chama Delta...
    Abraço

    ResponderExcluir
  11. Bê,

    Houve uma coicidência interessante, pois Vitória foi a cidade que desembarcamos quando viemos a primeira vez para o Brasil, em 1972...e que retornamos nesse mesmo ano a Moçambique. Definitivamente viemos em 1975, mas a minha história com o Brasil não deixa de ter começado em 1972. Mas o triângulo tinha como objetivo a interligação entre os três países.
    Bons negócios e vê se consegues descer a Curitiba.

    Abraço,

    Zé Paulo

    ResponderExcluir
  12. "Vim da Beira, Estou em Lisboa e estou indo para vitória para negociar um produto que se chama Delta... "

    Só depois prestei atenção devida a esta tua colocação.
    Bela coincidencia, ou devo mesmo acreditar em bruxas (do bem) ?

    ZP

    ResponderExcluir
  13. Eu entendi qual a tua intenção mas achei curioso pq é um delta que é precisamente o nome do produto que tento comercializar e isso conectado para mim tem outro sentido mas ao mesmo tempo poderá até ter o mesmo sentido.
    talvez terei que voltar à Beira com o dito produto pq às vezes ponho em causa certas coincidências.

    Um Abraço ZP e talvez consiga outro delta com curitiba quem sabe...

    ResponderExcluir