sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril em Moçambique

Como um relato histórico, editei e reproduzo aqui partes de uma entrevista de um dos maiores intelectuais em solo moçambicano nos tempos coloniais fascistas. Entrevista esta dada à Rádio Nacional, ao programa “Em Limite”, pelo Dr. Adrião Rodrigues.
O Dr. Carlos Adrião Rodrigues, como advogado renomado em Moçambique, deu assistência jurídica a muita gente perseguida politicamente pela ditadura fascista da época.
Não posso deixar aqui de realçar o apoio que ele, a sua queridíssima falecida esposa Quina, os seus pais, o seu irmão Vitor e a sua então esposa Teresa, deram à minha família, inclusive material. Isso quando o meu Pai como jornalista e homem questionava o modelo colonialista fascista da época, e por isso passou por grandes dificuldades que o sistema lhe oferecia, e ainda depois da sua morte quando a minha Mãe passou a fazer o papel de Mãe e Pai.
Mas hoje tudo isto é motivo de festejar. Afinal, além de tudo, festejamos hoje o 25 de Abril.
Parabéns Portugal ! Parabéns Moçambique !


1a. Parte


2a. Parte


3a. Parte


4a. Parte


5a. Parte

10 comentários:

  1. por via de tua irmã tive o prazer de conviver por poucas horas mas conviver! com o dr. Adrão Rodrigues. sob aquela capa irascível encontrei, lobriguei?, o intelectual não-conformado, o espírito arguto e de resposta fácil, um cérebro fascinante. foi um prazer, pena que curto.
    estou no pc "sem som". só amanhã irei ouvir.

    thanks. e viva o 25A, pesem os escolhos e tropeções havidos com as correrias que são marca registada de qualquer Revolução. pior não ficamos - em nenhum aspecto!, disso ninguém tenha dúvidas!


    c

    ResponderExcluir
  2. Nós somos os felizardos que tendo vivido antes do 25A, podemos saber como é uma benção poder viver em Liberdade.
    Volto mais tarde, theo

    ResponderExcluir
  3. Carlos,
    Tenho a certeza que tiveste o previlégio de conhecer um grande homem. Sempre foi um inconformado com as injustiças, com a falta de coerências, com sangue nas veias na mesma quantidade de sentimentos dentro do peito, ali onde é bombeado esse mesmo sangue.
    Não deixes mesmo de ouvir a entrevista.
    Abraço.
    Zé Paulo

    ResponderExcluir
  4. Theo,
    Sim, somos felizardos. Mas também porque temos memória minha amiga.
    Ficarei aqui te aguardando. Retorna porque vale mesmo a pena ouvir esta entrevista.
    Beijo grande.
    Zé Paulo

    ResponderExcluir
  5. Maravilhoso, este Abril que chegou para que pudessemos celebrar ao vivo a História - Obbrigada, ZP!!
    Um hurra aos homens e mulheres que resistiram à ditadura,outro a quem lhe pôs fim.
    IO

    ResponderExcluir
  6. Maravilhoso, este Abril que chegou para que pudessemos celebrar ao vivo a História - Obbrigada, ZP!!
    Um hurra aos homens e mulheres que resistiram à ditadura,outro a quem lhe pôs fim.
    IO

    ResponderExcluir
  7. Viva a nova Era que se deu início no 25 de Abril, e a que liberdade e os direitos humanos adquiridos não sejam só palavras escritas. E todos os cidadãos desses países marcados por essa data, depois dos seus tropeços típicos, de quem começa a caminhar pelas sua próprias pernas,jamais aceitem a perda do já conquistado.

    António Maria

    ResponderExcluir
  8. Isabella e Tó Maria,

    Vou divagar em cima dos vossos comentários de forma paralela porque eles se entrelaçam.
    Em primeiro lugar, hurra, dez vezes hurras para os que resistiram e para os que colocaram fim à ditadura, como dizes minha bloguista.
    E sem dúvida, meu irmão Tó Maria, que entre tropeços e avanços, que se venha a aprender com ambos para que tropecemos cada vez menos e avancemos sempre mais.
    E nesta última questão, como é bom perceber, e tentar fazer perceber, principalmente aos mais novos, que a história não é só a partir de “uma certa” data. Para Portugal ela não começou só depois do 25 de Abril. Como disse a Isabella, até essa data chegar houve necessidade de muitos de resistir contra a ditadura que a Revolução dos Cravos fez cair.
    O País Moçambique não começou só depois de 25 de Junho de 1975. Antes disso houve um 25 de Abril de 1974 em Portugal que antecipou o fim da luta armada pela independência deste País. Bem antes do dia 25 de Abril de 1974, além de guerrilheiros e dos seus comandantes, houve outras pessoas que trabalharam por justiça, e consequentemente pela independência de Moçambique, ainda que pós 25 de Junho nem todos tenham podido e/ou não querido dar continuidade nas suas participações no processo de consolidação de um novo e ainda jovem país. E não me interessa agora aqui levantar culpas ou motivos, pois também tu meu irmão Tó já caracterizaste bem os erros, que bem que gostaríamos que não tivessem existido e talvez alguns pudessem ter mesmo sido evitados, são muito típicos de quem começa a caminhar pelas suas próprias pernas.
    Importante mesmo é saber que a maior conquista de 25 de Junho de 1974 ninguém mais tira, que foi a criação de um novo Moçambique, com um novo espírito de moçambicanidade, e ainda que de longe, que percebemos claramente que cada vez mais o espírito de cidadania vem se fortalecendo e junto o espírito democrático que o povo dessa terra tanto vem conquistando.
    Mais uma vez hurra! Para os que resistiram ao antes, para os que fizeram o 25 de Abril e o 25 de Junho, e para os que continuam lutando pelas revoluções diárias necessárias para a manutenção das conquistas realizadas, para o que ainda precisa ser conquistado, dos processos a serem ajustados e melhorados.

    Beijos para os dois,

    Zé Paulo

    ResponderExcluir