quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Arte em Moçambique

Fazem uns 3 a 4 anos atrás, ou até talvez um pouco mais, que encontrei em um sebo aqui em Curitiba uma bela edição, relativamente bem conservada, da “A Arte em Moçambique”, de Alberto Feliciano Marques Pereira, editado em 1966.

Um material vasto e de muito interesse que vai da arte rupestre à arquitetura militar, da arte religiosa do Séc. XVII a XIX à escultura, prosa e poesia moçambicana.

Tão interessante quanto é ler já na abertura algo dito por Costa Almeida, como “É preciso conhecer o Ultramar para se ter uma idéia exata da verdadeira grandeza do nosso País”, e depois ler um texto de Fernando Couto. Ler algo de Dom Custódio Alvim Pereira, Arcebispo da então Lourenço Marques, como: " Mas estes, digo-o com orgulho, são a glória e a coroa de quantos trabalhamos nestas terras da África Oriental, por Deus e pela Pátria e depois lemos da poesia de Noêmia de Sousa: “Quero te compreender, minha África, Quero penetrar-te, sonhar contigo, descobrir-te nua e verdadeira, sofrer os teus desalentos, esperar contigo, sempre contigo! Porque só assim merecerei viver...”.

Sem prazos e sem compromissos, tentarei aqui no andar dos dias indo colocando, em formato de imagem, umas e outras páginas com textos e imagens registradas neste interessante registro sobre a “A Arte em Moçambique” vista em tempos que se tentava lidar com a imagem das Ultramarinas com valores regionais, mas sempre ligados à “Pátria”. Diz o Costa Almeida no texto que estarei colocando hoje, na íntegra, em formato de imagem: “ A facilidade e rapidez das suas comunicações com a Metrópole e com os territórios vizinhos, os numerosos visitantes nacionais e estrangeiros que chegam com freqüência cada vez maior, o súbito interesse de algumas nações estrangeiras por problemas que só a nós dizem respeito, tudo tem contribuído para que o Ultramar passasse para a primeira linha das certezas e Moçambique seja uma das mais promissoras parcelas do mundo português.”





* Clique com o mouse sobre as imagens para as aumentar de tamanho e se necessário ajuste o zoom para melhor leitura.

Um comentário:

  1. Prezado, foi pelo Pululu do Dr. Eugénio C. Almeida que cheguei até aqui e levei uma boa surpresa ao encontrar este texto. Queria lhe perguntar se tem outros post nos quais tem colocado mais páginas para a gente ler. Eu na atualidade tenho um blog sobre cultura africana e esse material pode nos ajudar muito!

    Meus cumprimentos desde Santiago de Chile, aguardo sua resposta.

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